sexta-feira, 15 de abril de 2016

ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO DA LECTO ESCRITA



UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: TAMILES DA CRUZ SILVA
CURSO: PEGADOGIA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS-DCHL


ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO DA LECTO ESCRITA

A lctor escrita tem sido tem sido bastante trabalhada por teóricos, sendo eles teóricos.  Sendo algumas principais teóricas como Emília Ferreiro e Ana Teberosky que trazem essa questão bem esquematizada para entendermos melhor esse processo.
Assim, Ferreiro e Teberosky desenvolveram sua pesquisa com fundamentos psicolinguísticos quando recapitulam o construtivismo, deixando claro que a teoria piagetiana acumulava pesquisas insuficientes para dar conta da linguagem, tendo aí um papel marginal na constituição das competências cognitivas, fazendo com que buscassem na Psicolinguística, fundamentos para a investigação da Psicogênese da língua escrita. (MENDONÇA; MENDONÇA p.37).
Algumas crianças chegam à escola com a compreensão do princípio alfabético. Outras pensam que o número de letras de uma palavra é igual ao número de sílabas de uma palavra, enquanto outras, sequer entenderam que as letras escritas tem relação com os sons das palavras. Devemos lembrar sempre que as crianças não chegam à escola com o mesmo nível de compreensão que do seja ler e escrever. Analisando um estudo de caso feito com a criança de quatro anos podemos perceber que ela ainda não tem a escrita apenas garatujas alguns círculos mais com um tempo elas vão se transformando em letras. Como bem o demonstram as investigações de Ferreiro e Teberosky, assim como em outros âmbitos, no âmbito da língua escrita, a criança é um sujeito ativo que se depara com a realidade, construindo conhecimentos, criando teorias e hipóteses, comparando-as entre si e modificando-as.
Aprendiz vai elaborando um sistema de representação através de um processo construtivo. Há uma progressão regular nos problemas que enfrenta e nas soluções que encontra, para descobrir a natureza da escrita (ordem de progressão de condutas, determinadas pela forma como o aluno vivencia, no momento, o conhecimento). (MENDONÇA; MENDONÇA p.37,38).
Deste modo ante um conhecimento complexo tendemos a delimitá-lo em conhecimentos parciais, porque partimos da suposição que a fragmentação facilita a compreensão. Assim, instauramos uma ruptura entre o modo de ensinar e o modo de aprender, pois que o sujeito que aprende não se depara com a realidade analisando um pedaço de cada vez, e sim, o faz, tratando de entender como funciona, analisando os aspectos que seus esquemas cognoscitivos lhe permitem observar, tratando de encontrar e dar um sentido ao que está fazendo.
Portanto, a Psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema alfabético, ou seja, o aluno, na fase pré-silábica do caminho que percorre até alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a palavra falada, e desconhece como essa representação se processa. (MENDONÇA; MENDONÇA p.39).
Como professores precisamos ter consciência de que os conhecimentos, para poderem ser ensinados, passam necessariamente por uma transformação em relação aos seus contextos de origem, porém, é muito importante evitar que nesta transformação percam seu significado, seu sentido original. Ao mesmo tempo em que se preserva o sentido do objeto do conhecimento é indispensável que se proteja o sentido deste saber do ponto de vista do sujeito que trata de reconstruir esse objeto, isto é: a criança. Por essa razão, a transposição didática deve implicar em fidelidade ao saber de origem assim como fidelidade às possibilidades do sujeito de atribuir um sentido ao dito saber.






Referencias :
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.

MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização método sociolinguístico consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire. Saõ Paulo: Cortez, 2007.

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