UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA
BAHIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA
ALFABETIZAÇÃO
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCENTE: TAMILES DA CRUZ SILVA
CURSO: PEGADOGIA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS E
LETRAS-DCHL
ANÁLISE DO ESTUDO DE
CASO DA LECTO ESCRITA
A lctor
escrita tem sido tem sido bastante trabalhada por teóricos, sendo eles teóricos.
Sendo algumas principais teóricas como Emília
Ferreiro e Ana Teberosky que trazem essa questão bem esquematizada para
entendermos melhor esse processo.
Assim, Ferreiro e Teberosky
desenvolveram sua pesquisa com fundamentos psicolinguísticos quando recapitulam
o construtivismo, deixando claro que a teoria piagetiana acumulava pesquisas
insuficientes para dar conta da linguagem, tendo aí um papel marginal na
constituição das competências cognitivas, fazendo com que buscassem na
Psicolinguística, fundamentos para a investigação da Psicogênese da língua
escrita. (MENDONÇA; MENDONÇA p.37).
Algumas
crianças chegam à escola com a compreensão do princípio alfabético. Outras
pensam que o número de letras de uma palavra é igual ao número de sílabas de
uma palavra, enquanto outras, sequer entenderam que as letras escritas tem
relação com os sons das palavras. Devemos lembrar sempre que as crianças não
chegam à escola com o mesmo nível de compreensão que do seja ler e escrever.
Analisando um estudo de caso feito com a criança de quatro anos podemos
perceber que ela ainda não tem a escrita apenas garatujas alguns círculos mais
com um tempo elas vão se transformando em letras. Como bem o demonstram as
investigações de Ferreiro e Teberosky, assim como em outros âmbitos, no âmbito
da língua escrita, a criança é um sujeito ativo que se depara com a realidade,
construindo conhecimentos, criando teorias e hipóteses, comparando-as entre si
e modificando-as.
Aprendiz vai elaborando um
sistema de representação através de um processo construtivo. Há uma progressão
regular nos problemas que enfrenta e nas soluções que encontra, para descobrir
a natureza da escrita (ordem de progressão de condutas, determinadas pela forma
como o aluno vivencia, no momento, o conhecimento). (MENDONÇA; MENDONÇA
p.37,38).
Deste modo
ante um conhecimento complexo tendemos a delimitá-lo em conhecimentos parciais,
porque partimos da suposição que a fragmentação facilita a compreensão. Assim,
instauramos uma ruptura entre o modo de ensinar e o modo de aprender, pois que
o sujeito que aprende não se depara com a realidade analisando um pedaço de
cada vez, e sim, o faz, tratando de entender como funciona, analisando os
aspectos que seus esquemas cognoscitivos lhe permitem observar, tratando de
encontrar e dar um sentido ao que está fazendo.
Portanto, a Psicogênese da
língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das
habilidades de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos
linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até
chegar ao sistema alfabético, ou seja, o aluno, na fase pré-silábica do caminho
que percorre até alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a
palavra falada, e desconhece como essa representação se processa. (MENDONÇA;
MENDONÇA p.39).
Como
professores precisamos ter consciência de que os conhecimentos, para poderem
ser ensinados, passam necessariamente por uma transformação em relação aos seus
contextos de origem, porém, é muito importante evitar que nesta transformação
percam seu significado, seu sentido original. Ao mesmo tempo em que se preserva
o sentido do objeto do conhecimento é indispensável que se proteja o sentido
deste saber do ponto de vista do sujeito que trata de reconstruir esse objeto,
isto é: a criança. Por essa razão, a transposição didática deve implicar em
fidelidade ao saber de origem assim como fidelidade às possibilidades do
sujeito de atribuir um sentido ao dito saber.
Referencias :
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio
Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e
consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA.
Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco
02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57.
(D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em:
<http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio
Correa. Alfabetização método sociolinguístico consciência social, silábica e
alfabética em Paulo Freire. Saõ Paulo: Cortez, 2007.
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