terça-feira, 3 de maio de 2016

Análise da entrevista com professora alfabetizadora

鶨鶰èUNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
            CURSO DE PEDAGOGIA VI SEMESTRE
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
PROFESSORA: MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES FERREIRA
ALUNAS: ADRIELE CALIXTO e LUCIANA SANTOS SOARES
                                                                                                                 

ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O PROFESSOR (A) ALFABETIZADOR (A)

1.    CONTEXTO DA ESCOLA

1.1  Você trabalha numa escola pública ou particular?  Trabalho numa escola pública.
1.2 Qual é o município que você trabalha como professor (a) alfabetizador (a) Jequié-Ba
1.3  Quais as dificuldades e problemas enfrentados e superados pela escola na qual trabalha?
São vários os problemas, de estrutura, de aprendizagem dos alunos, que é o mais grave é que sente que os alunos apresenta muita dificuldade e com pouco pré-requisito, pois os mesmos estão chegando às séries sem condição de estar na mesma, então são vários os problemas, trabalhando no ensino fundamental 1.  Trabalhando no ciclo veja muitas “deficiências”, no que refere ao ciclo porque os alunos não sabem lê, já no final do ciclo no quinto ano, outro problema é que os alunos da inclusão não tem cuidador que dificulta o processo de aprendizagem.  

            Os problemas superados na escola vão sendo superados devagarinho, através da conversa com a comunidade escolar e com os pais, por exemplo o problema de depredação do patrimônio, que busca o apoio dos pais através de conselhos de pais como suporte, procurando trabalhar a indisciplina dos alunos, problemas enfrentado desde ano passado e com relação a aprendizagem possui alguns projetos para vê se melhora (o comportamento dos alunos).
1.4  A estrutura física da escola oferece um espaço didático pedagógico adequado para a alfabetização?
Eu vejo que uma escola que funciona com ensino fundamental um e dois é muito complicado de manter o espaço alfabetizador, porque você faz os cartazes, prepara os materiais e não tem condições de deixar em sala porque os alunos do Ginásio não deixam, tenta manter um cantinho de leitura, de matemática e não tem condições de deixa. E só poderia funcionar caso trabalhassem as classes deferentes onde os alunos do fundamental II não teriam acesso às salas do fundamental I, pois eles não respeitam o espaço.
1.5  A escola possui sala para atendimento especializado? Existe um profissional responsável para esse atendimento? Sim sala de Recurso, existe.   
1.6  Qual é o perfil dos alunos? Família, bairro, renda familiar etc.
Aluno de classe média baixa, proveniente de periferia, muitos da Maralina, localidades próximas, a comunidade é difícil ao usar a Comunicação, muito complicada não ajuda muito o aluno em termos de educação do lar, onde o aluno chega com vícios, as linguagens, problemas de comportamento proveniente mesmo do local onde mora, sendo alunos de famílias de baixa renda encontra toda esta problemática, pois a escola é próxima as periferias e envolve toda escola,  através das questões sociais.  Rodrigues (2013) relata que a escola não deve trabalhar com a homogeneidade, de modo a não observar as diferenças entre os alunos, pois dessa forma a educação vem contradizer aos princípios democráticos.  Assim a escola deve trabalhar com a heterogeneidade, diante as diversidades.  
1.7  Na escola existe biblioteca? Como se dá a dinâmica de funcionamento?
A escola não tem, ela tem uma sala de leitura, mais ainda não está em funcionamento devido à falta de um profissional para gerenciar a sala tem livros, acervo, estrutura mais devido a falto do profissional não funciona e os alunos não tem maturidade para usar o ambiente, sem o profissional para orientar.  
2.    O TRABALHO E A VIDA DOS PROFESSORES
2.1  Qual é a sua formação? Formada em pedagogia, com especialização em psicologia educacional. 
2.2  Qual foi o processo seletivo que participou para atuar como professor (a)? Passou no concurso público no ano de 2000.
2.3  Quais os incentivos oferecidos pela escola para a formação continuada dos professores alfabetizadores?
A secretaria de educação promove vários cursos, PENAIC, PACTO, entre outros cursos voltados para a alfabetização, então a capacitação é fornecida para os professores.   
2.4  Há relação entre área de formação dos professores alfabetizadores com a área de atuação?
Acredito que sim porque acho que todos ou quase todos os professores que estão nessa ária são pedagogos, sendo a formação mínima que é solicitada.  
2.5    Qual é a relação dos professores com as decisões implementadas na escola no diz respeito às políticas de alfabetização?
Os professores recatam é discutido e analisado a realidade dos alunos e suas possibilidades, assim na medida do possíveis os professores acatam as determinações.  
2.6  Quais são as ações de planejamento da escola?
 A escola funciona com os horário de AC, que tem se horário extra curricular fora as cargas horarias que são duas horas semanais para planejar as ações, aula, projeto.
2.7  Como se organiza a dinâmica do recreio? 
O recreio é livre onde o aluno tem meia hora de intervalo e só é supervisionado pela coordenação e o pessoal de apoio, assim não tem uma atividade dirigida a não ser que tenha algum projeto algo específico, no mais é um recreio livre. 
2.8  Qual é a sua carga horária de trabalho?
Minha carga horaria é 40horas semanais, trabalhando 20h na sede e 20h na escola Corina Leal Fazenda Velha.
2.9  Quantos anos você possui no magistério como alfabetizador (a)?18 anos.
2.10 De que forma você trabalha os conteúdos disciplinares no processo de alfabetização?
 O processo de alfabetização divide se os momentos de linguagens oral e escrita, por trabalhar com o quinto ano, porém se encontra necessitando de alfabetizar, boa parte dos alunos, então é feito de maneira dividido, porque tem alunos no nível de quinto ano e outros não, então divide os alunos por grupos aqueles que precisam alfabetizar e os grupos que estão no nível da turma, na série que o mesmo se encontra.
 Então divide no momento de leitura, contação de história e produção, de acordo com a realidade do aluno, sem falar nos alunos da “educação especial”, que tem o apoio da sala de recurso, que disponibilizam materiais como pastas educativas, vários materiais de alfabetização e letramento, operação matemática.   Assim divide os materiais durante a semana segunda, quarta e sexta trabalha com linhagem e terça e quinta com alfabetização matemática. Percebemos a importância de um trabalho diversificado com vários gêneros textuais, Mendonça e Mendonça relatam que, “O professor trabalha letramento realizando leituras de diferentes gêneros textuais aos alunos. Chamamos a atenção para os diferentes tipos de textos, pois constatamos, hoje, o equívoco de que literatura infantil ou infanto-juvenil sejam sinônimos de letramento”.
2.11 Quais são os conteúdos selecionados para o trabalho de alfabetização com os alunos?
São vários os conteúdos trabalhados mais de forma bem básica, a parte de alfabetização eles precisam ter conhecimento de fonética da arte escrita do alfabeto da linhagem oral, para eles terem noção de nome, próprio comum, pois estão na fase estudando substantivo. Segundo Silva in: Arruda A professora 3, na entrevista, do texto Professor Alfabetizador o que dizem e o que fazem dizia que “(...) eu trabalho textos diversificados, trabalho os fonemas, padrões silábicos, o alfabeto que é indispensável para que o aluno aprender a ler e a escrever Pag,19.
2.12 Como você trabalha a questão da diferença de fases de aquisição da lecto-escrita em sala de aula?
Trabalho em grupos, pois tem vários alunos no nível pré-silábico, outros alfabéticos, silábicos alfabéticos, então separa em duplas e trias para trabalharem.
2.13 Como está estabelecida a rotina (passos) da sua sala de aula?
Rotina simples faz a acolhida dos alunos com oração, momento de conversa informal, leitura, um deleite para o aluno se apropriar da leitura dá prazer onde os alunos vão discutir, depois partem para questão da atividade que foi passada, exposição do assunto do dia, aula propriamente dita e os trabalhos específicos em grupos. 
2.14 Quais são as dificuldades que são encontradas em sala de aula no que diz respeito à alfabetização dos alunos?
A maior dificuldade encontrada é a indisciplina da maioria dos alunos e falta de autonomia onde alguns alunos não conseguem fazer as atividades sem ter que copiar do colega, não tem autonomia de fazer sozinho mesmo errando e também não tem cuidador para as pessoas com deficiência, onde ano passado teve apenas auxilio do PIBID mais não um cuidador para acompanhar o aluno.   Para Albuquerque [“Cabe á escola oportunizar essa interação, criando atividades em que os alunos sejam solicitados a ler e produzir diferentes textos. Por outro lado é imprescindível que os alunos desenvolvam autonomia para ler e escrever seus próprios textos, pág.19”].   
2.15 Já participou de cursos de formação continuada com foco em alfabetização? Quais? Qual é a origem dos investimentos feitos para essa formação?
Sim participo até hoje do PENAIC tem origem vem do MEC que fornece todo material e recursos, bolsas inclusive
2.16 Quais são os meios que utiliza para se informar sobre a sua área de atuação na escola? Utiliza a internet os materiais que são fornecidos pela secretaria o que tiver em mãos.
2.17 Qual é o método que você utiliza para alfabetizar?
    Não tenho um método específico não, utilizar o que dá certo no momento, pois tem vários métodos, só que não escolhe nenhum, pois acredito que assim não da certo, como que vou utilizar um método Montessori, sócio-interacionismo com uma turma misturada? Eu não consigo. Prefiro ir pelo que funciona, o que deu certo na sala do colega, assim se o aluno estiver aprendendo vou continuar com aquele método, pois o que importa é o resultado, pois uma coisa é na teoria outro é na prática com uma sala heterogenia e o ciclo veio agrupar alunos da mesma idade, mais na sala tem alunos de varias idades.
 Contudo me aproximo mais do método construtivista eu acho interessante, mais assim dentro da realidade do que posso fazer com ele, pois tem outros que não dá para você trabalhar principalmente na escola pública sem recursos por exemplo, do método Montessoriano.   De acordo com Mendonça e Mendonça (2011), “Evidentemente, nem o construtivismo, nem a Psicogênese da língua escrita são métodos, mas ainda hoje é comum, ao se questionar um alfabetizador sobre qual é seu método de ensino, obter-se a resposta”: “método construtivista”.
3.    IDENTIFICAÇÃO: NOME: Aline Ferreira Lago; 35 anos do Gênero Feminino.



Referências: MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>. Acesso em: 10/12/15. 
Contribuições da Psicogênese da Língua Escrita

Maria Luisa Sprovieri Ribeiro, Roseli Cecília Rocha de carvalho Baumel.-São Paulo: Avercamp, 2013. 

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