UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DEPARTAMENTO
DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
CURSO
DE PEDAGOGIA VI SEMESTRE
DISCIPLINA:
METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
PROFESSORA:
MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES FERREIRA
ALUNAS:
ADRIELE CALIXTO e LUCIANA SANTOS SOARES
ROTEIRO
DE ENTREVISTA COM O PROFESSOR (A) ALFABETIZADOR (A)
1. CONTEXTO DA ESCOLA
1.1 Você trabalha numa escola pública ou
particular? Trabalho
numa escola pública.
1.2 Qual é o município que você trabalha
como professor (a) alfabetizador (a) Jequié-Ba
1.3 Quais as dificuldades e problemas
enfrentados e superados pela escola na qual trabalha?
São vários os problemas, de
estrutura, de aprendizagem dos alunos, que é o mais grave é que sente que os
alunos apresenta muita dificuldade e com pouco pré-requisito, pois os mesmos
estão chegando às séries sem condição de estar na mesma, então são vários os problemas,
trabalhando no ensino fundamental 1.
Trabalhando no ciclo veja muitas “deficiências”, no que refere ao ciclo
porque os alunos não sabem lê, já no final do ciclo no quinto ano, outro
problema é que os alunos da inclusão não tem cuidador que dificulta o processo
de aprendizagem.
Os
problemas superados na escola vão sendo superados devagarinho, através da
conversa com a comunidade escolar e com os pais, por exemplo o problema de
depredação do patrimônio, que busca o apoio dos pais através de conselhos de
pais como suporte, procurando trabalhar a indisciplina dos alunos, problemas
enfrentado desde ano passado e com relação a aprendizagem possui alguns
projetos para vê se melhora (o comportamento dos alunos).
1.4 A estrutura física da escola oferece um
espaço didático pedagógico adequado para a alfabetização?
Eu vejo
que uma escola que funciona com ensino fundamental um e dois é muito complicado
de manter o espaço alfabetizador, porque você faz os cartazes, prepara os
materiais e não tem condições de deixar em sala porque os alunos do Ginásio não
deixam, tenta manter um cantinho de leitura, de matemática e não tem condições
de deixa. E só poderia funcionar caso trabalhassem as classes deferentes onde
os alunos do fundamental II não teriam acesso às salas do fundamental I, pois
eles não respeitam o espaço.
1.5 A escola possui sala para atendimento
especializado? Existe um profissional responsável para esse atendimento? Sim
sala de Recurso, existe.
1.6 Qual é o perfil dos alunos? Família,
bairro, renda familiar etc.
Aluno
de classe média baixa, proveniente de periferia, muitos da Maralina,
localidades próximas, a comunidade é difícil ao usar a Comunicação, muito
complicada não ajuda muito o aluno em termos de educação do lar, onde o aluno
chega com vícios, as linguagens, problemas de comportamento proveniente mesmo
do local onde mora, sendo alunos de famílias de baixa renda encontra toda esta
problemática, pois a escola é próxima as periferias e envolve toda escola, através das questões sociais. Rodrigues (2013) relata que a escola não deve
trabalhar com a homogeneidade, de modo a não observar as diferenças entre os
alunos, pois dessa forma a educação vem contradizer aos princípios
democráticos. Assim a escola deve
trabalhar com a heterogeneidade, diante as diversidades.
1.7 Na escola existe biblioteca? Como se dá
a dinâmica de funcionamento?
A
escola não tem, ela tem uma sala de leitura, mais ainda não está em
funcionamento devido à falta de um profissional para gerenciar a sala tem livros,
acervo, estrutura mais devido a falto do profissional não funciona e os alunos
não tem maturidade para usar o ambiente, sem o profissional para orientar.
2.
O
TRABALHO E A VIDA DOS PROFESSORES
2.1 Qual é a sua formação? Formada
em pedagogia, com especialização em psicologia educacional.
2.2 Qual foi o processo seletivo que
participou para atuar como professor (a)? Passou no concurso
público no ano de 2000.
2.3 Quais os incentivos oferecidos pela
escola para a formação continuada dos professores alfabetizadores?
A secretaria de educação
promove vários cursos, PENAIC, PACTO, entre outros cursos voltados para a
alfabetização, então a capacitação é fornecida para os professores.
2.4 Há relação entre área de formação dos
professores alfabetizadores com a área de atuação?
Acredito que sim porque acho
que todos ou quase todos os professores que estão nessa ária são pedagogos,
sendo a formação mínima que é solicitada.
2.5 Qual é a relação dos professores com as
decisões implementadas na escola no diz respeito às políticas de alfabetização?
Os professores recatam é
discutido e analisado a realidade dos alunos e suas possibilidades, assim na
medida do possíveis os professores acatam as determinações.
2.6 Quais são as ações de planejamento da
escola?
A escola funciona com os horário
de AC, que tem se horário extra curricular fora as cargas horarias que são duas
horas semanais para planejar as ações, aula, projeto.
2.7 Como se organiza a dinâmica do recreio?
O recreio é livre onde o
aluno tem meia hora de intervalo e só é supervisionado pela coordenação e o
pessoal de apoio, assim não tem uma atividade dirigida a não ser que tenha
algum projeto algo específico, no mais é um recreio livre.
2.8 Qual é a sua carga horária de trabalho?
Minha carga horaria é
40horas semanais, trabalhando 20h na sede e 20h na escola Corina Leal Fazenda
Velha.
2.9 Quantos anos você possui no magistério
como alfabetizador (a)?18 anos.
2.10 De que forma você trabalha os conteúdos
disciplinares no processo de alfabetização?
O
processo de alfabetização divide se os momentos de linguagens oral e escrita,
por trabalhar com o quinto ano, porém se encontra necessitando de alfabetizar,
boa parte dos alunos, então é feito de maneira dividido, porque tem alunos no
nível de quinto ano e outros não, então divide os alunos por grupos aqueles que
precisam alfabetizar e os grupos que estão no nível da turma, na série que o
mesmo se encontra.
Então divide no momento de leitura, contação
de história e produção, de acordo com a realidade do aluno, sem falar nos
alunos da “educação especial”, que tem o apoio da sala de recurso, que
disponibilizam materiais como pastas educativas, vários materiais de
alfabetização e letramento, operação matemática. Assim divide os materiais durante a semana
segunda, quarta e sexta trabalha com linhagem e terça e quinta com
alfabetização matemática. Percebemos a importância de um trabalho diversificado
com vários gêneros textuais, Mendonça e Mendonça relatam que, “O professor
trabalha letramento realizando leituras de diferentes gêneros textuais aos
alunos. Chamamos a atenção para os diferentes tipos de textos, pois
constatamos, hoje, o equívoco de que literatura infantil ou infanto-juvenil
sejam sinônimos de letramento”.
2.11 Quais são os conteúdos selecionados para
o trabalho de alfabetização com os alunos?
São vários os conteúdos
trabalhados mais de forma bem básica, a parte de alfabetização eles precisam
ter conhecimento de fonética da arte escrita do alfabeto da linhagem oral, para
eles terem noção de nome, próprio comum, pois estão na fase estudando
substantivo. Segundo Silva in: Arruda A professora 3, na
entrevista, do texto Professor Alfabetizador o que dizem e o que fazem dizia
que “(...) eu trabalho textos diversificados, trabalho os fonemas, padrões
silábicos, o alfabeto que é indispensável para que o aluno aprender a ler e a
escrever Pag,19.
2.12 Como você trabalha a questão da
diferença de fases de aquisição da lecto-escrita em sala de aula?
Trabalho em grupos, pois tem
vários alunos no nível pré-silábico, outros alfabéticos, silábicos alfabéticos,
então separa em duplas e trias para trabalharem.
2.13 Como está estabelecida a rotina (passos)
da sua sala de aula?
Rotina simples faz a
acolhida dos alunos com oração, momento de conversa informal, leitura, um
deleite para o aluno se apropriar da leitura dá prazer onde os alunos vão
discutir, depois partem para questão da atividade que foi passada, exposição do
assunto do dia, aula propriamente dita e os trabalhos específicos em grupos.
2.14 Quais são as dificuldades que são
encontradas em sala de aula no que diz respeito à alfabetização dos alunos?
A maior dificuldade
encontrada é a indisciplina da maioria dos alunos e falta de autonomia onde
alguns alunos não conseguem fazer as atividades sem ter que copiar do colega,
não tem autonomia de fazer sozinho mesmo errando e também não tem cuidador para
as pessoas com deficiência, onde ano passado teve apenas auxilio do PIBID mais
não um cuidador para acompanhar o aluno.
Para Albuquerque [“Cabe
á escola oportunizar essa interação, criando atividades em que os alunos sejam
solicitados a ler e produzir diferentes textos. Por outro lado é imprescindível
que os alunos desenvolvam autonomia para ler e escrever seus próprios textos,
pág.19”].
2.15 Já participou de cursos de formação
continuada com foco em alfabetização? Quais? Qual é a origem dos investimentos
feitos para essa formação?
Sim participo até hoje do
PENAIC tem origem vem do MEC que fornece todo material e recursos, bolsas
inclusive.
2.16 Quais são os meios que utiliza para se
informar sobre a sua área de atuação na escola? Utiliza
a internet os materiais que são fornecidos pela secretaria o que tiver em mãos.
2.17 Qual é o método que você utiliza para
alfabetizar?
Não tenho um método específico não,
utilizar o que dá certo no momento, pois tem vários métodos, só que não escolhe
nenhum, pois acredito que assim não da certo, como que vou utilizar um método Montessori,
sócio-interacionismo com uma turma misturada? Eu não consigo. Prefiro ir pelo
que funciona, o que deu certo na sala do colega, assim se o aluno estiver
aprendendo vou continuar com aquele método, pois o que importa é o resultado, pois
uma coisa é na teoria outro é na prática com uma sala heterogenia e o ciclo veio
agrupar alunos da mesma idade, mais na sala tem alunos de varias idades.
Contudo me aproximo mais do método
construtivista eu acho interessante, mais assim dentro da realidade do que
posso fazer com ele, pois tem outros que não dá para você trabalhar
principalmente na escola pública sem recursos por exemplo, do método
Montessoriano. De acordo com Mendonça e
Mendonça (2011), “Evidentemente, nem o construtivismo, nem a Psicogênese da
língua escrita são métodos, mas ainda hoje é comum, ao se questionar um
alfabetizador sobre qual é seu método de ensino, obter-se a resposta”: “método construtivista”.
3. IDENTIFICAÇÃO: NOME: Aline
Ferreira Lago; 35 anos do Gênero Feminino.
Referências: MENDONÇA, Onaide Schwartz;
MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições,
equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores:
Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p.
36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em:
<http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>. Acesso em:
10/12/15.
Contribuições da Psicogênese da
Língua Escrita
Maria Luisa Sprovieri Ribeiro, Roseli
Cecília Rocha de carvalho Baumel.-São Paulo: Avercamp, 2013.
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