DISCENTE: CAROLINE ALVES
A língua escrita e falada tem, ao longo da história, sido um campo riquíssimo para estudos teóricos e práticos. Muitos são os estudiosos que debruçam-se sobre os assuntos concernentes a linguagem e, outros vários já percorreram o mesmo caminho, em busca de maior conhecimento sobre essa área que é tão importante na vida humana.
Dentre as mais diversas formas de linguagem está a palavra, e seja ela escrita ou falada, permeia o mundo de tal forma que não seria exagero afirmar a sua onipresença em nossas vidas. Conhecer como acontecem os primeiros passos da criança no universo das letras, as teorias elaboradas por elas próprias para responder aos questionamentos iniciais de sua trajetória de alfabetização, e todo o processo de letramento, tornou-se fundamental para os educadores.
A língua escrita e falada tem, ao longo da história, sido um campo riquíssimo para estudos teóricos e práticos. Muitos são os estudiosos que debruçam-se sobre os assuntos concernentes a linguagem e, outros vários já percorreram o mesmo caminho, em busca de maior conhecimento sobre essa área que é tão importante na vida humana.
Dentre as mais diversas formas de linguagem está a palavra, e seja ela escrita ou falada, permeia o mundo de tal forma que não seria exagero afirmar a sua onipresença em nossas vidas. Conhecer como acontecem os primeiros passos da criança no universo das letras, as teorias elaboradas por elas próprias para responder aos questionamentos iniciais de sua trajetória de alfabetização, e todo o processo de letramento, tornou-se fundamental para os educadores.
No campo
da Psicologia, foram muito importantes as contribuições dos estudos sobre a
psicogênese da língua escrita, desenvolvidos por Emília Ferreiro e Ana
Teberosky [...]. Constataram que as crianças ou os adultos analfabetos passavam
por diferentes fases que vão da escrita pré-silábica, em que o aprendiz não
compreende ainda que a escrita representa os segmentos sonoros da palavra, até
as etapas silábica e a alfabética. (ALBUQUERQUE, 2007).
Em
razão da demanda cada vez mais urgente, de materiais que pudessem dar suporte
no processo alfabetizador, nota-se que o número de pesquisas e publicações na
área, foi sendo ampliado, e atualmente podemos contar com teóricos de renome
que versam sobre o assunto, com grande propriedade. Nesse contexto, o trabalho de Emília Ferreiro
e seus colaboradores, se tornaram referência. O processo de aquisição da
linguagem escrita é exaustivamente pesquisado pela referida autora, que muito
contribuiu para a compreensão do que entendemos hoje como a psicogênese da
língua escrita.
Ferreiro
afirma ter feito uma revolução conceitual‖ a respeito da alfabetização, por ter
mudado o eixo em torno do qual passavam as discussões sobre o tema: dos debates
sobre os métodos e os testes utilizados para o ensino da leitura e da escrita
para, a idéia de que não são os métodos que alfabetizam, nem os testes que
auxiliam o processo de alfabetização, mas são as crianças que (re)constroem o
conhecimento sobre a língua escrita, por meio de hipóteses que formulam, para
compreenderem o funcionamento desse objeto de conhecimento. (MENDONÇA, etal,
s/d).
As
hipóteses elaboradas pelas crianças, foram observadas e teorizadas por Ferreiro. Cada
fase foi categorizada de acordo com seus níveis de progressão, e todas são
importantes com suas peculiaridades. Mas neste momento nos deteremos apenas na fase
pré-silábica. Contudo, é necessário salientar que existem outras, tais como a silábica,
silábica-alfabética e hipótese alfabética.
Na
fase pré-silábica, a criança não consegue relacionar as letras com os sons da
língua falada, ao passo que também está imersa na fase ideográfica, em que a
criança usa desenhos para representar palavras.
Observando a ilustração, produzida por uma menina
de 03 anos de idade, é possível notar que ela ainda representa as palavras por
meio de figuras. Apesar de já escrever o próprio nome, ela o faz sem atribuir
significado à sua escrita, neste momento é apenas por imitação. As outras
palavras, como já exposto, Pérola, representou por meio de desenhos. Ela ainda
não consegue compreender que as mesmas letras usadas para fazer seu nome, podem
ser transportadas para outras palavras, que também são constituídas por letras
e não por meio das figuras que representam. Na escrita espontânea, Pérola, só
desenha.
Para
Piaget, o desenho é uma das manifestações semióticas... desenho e escrita são
formas de representação, são expressões da função semiótica e têm em comum a
mesma origem gráfica. Além disso, a evolução do desenho acompanha o processo de
desenvolvimento da criança, passando por etapas que caracterizam a maneira da
criança se situar no mundo. (ALEXANDROFF,
s/d).
Piaget
caracterizou essa fase de desenhos como pré-esquema, esta
fase faz parte da segunda metade da fase pré-operatória, ela já consegue guiar
as mãos ao invés de só segui-las, faz um desenho mais estruturado, apesar de
ainda não seguir uma linha de base, e já começa a se preocupar em preencher
todo o espaço. No entanto, não acredito ser possível dar um diagnóstico preciso
do estágio em que a referida criança se encontra, porque não venho acompanhando
seus outros registros.
Referências
MENDONÇA,
Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências
para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de
Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos
conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo
e Didática de Alfabetização). Disponível em:
<http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>. Acesso em 04 de
Dez 2015.
ALBUQUERQUE,
E. B. C. de. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS, C. F.;
MENDONÇA, M. (Org.). Alfabetização e letramento: Conceitos e relações. Belo
Horizonte: Autêntica, 2007.p. 11-22.
ALEXANDROFF, M. C. Os caminhos
paralelos do desenvolvimento do desenho e da escrita. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttex
t&pid=S1415-69542010000200003>. Acesso em13 de Fev. 2016.
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