sexta-feira, 11 de março de 2016

ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO DA LECTO ESCRITA



DISCENTE: JAMILE MENEZES
A língua escrita e falada vem ao longo do tempo sendo estudada por vários teóricos. Emilia Ferreiro e Ana Teberosky contribuíram significativamente nessas pesquisas, elas estudaram a Psicogênese da língua escrita, que tem um papel importante para a alfabetização. Baseado nos estudos da Psicogênese Mendonça aborda que:
“A concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento e demonstraram que a criança, já antes de chegar à escola, tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo os estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37). 
Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky “as crianças ou os adultos analfabetos passam por diferentes fases que vão da escrita pré-silábica, até as etapas silábica e a alfabética”. (ALBUQUERQUE, 2007 p.16). Com base nos estudos das fases apresentadas pelas autoras fizemos uma aula de campo, realizada sobre a orientação da professora Maria da Conceição Ferreira, ministrante da disciplina Metodologia da alfabetização. A sala foi designada a fazer uma atividade com crianças da educação infantil, sem fazer interversões, apenas iríamos ditar algumas palavras para elas, isso para saber em que nível de aprendizagem ela estar. A atividade foi feita com Kuan, um menino de seis anos, que se apresentou no Nível Silábico, com valor sonoro.

            No Nível silábico, com valor sonoro a pessoa percebe que a escrita esta relacionada com os sons das palavras, na qual sente necessidade em utilizar um tipo de grafia para cada som, isso acontece de forma aleatória, às vezes usam apenas consoantes, outras apenas vogais ou até mesmo mistura as vogais com as consoantes, como foi o caso do menino Kaun. O avanço que essa fase mostra, é que estando nela as crianças começam a relacionar a linguagem oral á linguagem escrita.
A passagem para o nível silábico é feita com atividade de vinculação do discurso oral com texto escrito, da palavra escrita com a palavra falada. O aprendiz descobre que a palavra escrita representa a palavra falada, acredita que basta grafar uma letra para  poder pronunciar uma sílaba oral, mas só entrará para o nível silábico, com correspondência sonora, a medida que seus registros apresentarem esta relação por exemplo, para MENINO grafar, MIO (M=me, I=ni, O=no); para gato, GO (G=ga, O=to).(MENDONÇA e MENDONÇA, 2007, p. 46).

              Para compreender a fase em que esta a criança, o professor deve saber os níveis de aprendizagem da criança, porém, muitas então em função de educadora e não conhecem a mesma. Segundo Mendonça,
Dificilmente, se encontram professores que conseguem desenvolver um trabalho sistematizado. Infelizmente, a maioria limita-se a reproduzir as estratégias de nível pré-silábico de modo aleatório, muitas vezes entregam a atividade sem fornecer orientações sobre o que é para ser feito (MENDONÇA; MENDONÇA p. 50).
 Precisamos conhecer as fases em que as crianças estão, essa pesquisa de campo nos possibilitou conhecê-las, como futuros profissionais da área temos que saber em que nível da lecto escrita esta cada aluno, para poder desenvolver o nosso papel de educadora com qualidade.  


Referencias

MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.

ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M. (Org.). Alfabetização e letramento: Conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.p. 11-22.


MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização método sociolinguístico consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire. Saõ Paulo: Cortez, 2007. 

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