DISCENTE: JAMILE MENEZES
A língua escrita e falada vem ao
longo do tempo sendo estudada por vários teóricos. Emilia Ferreiro e Ana
Teberosky contribuíram significativamente nessas pesquisas, elas estudaram a
Psicogênese da língua escrita, que tem um papel importante para a alfabetização.
Baseado nos estudos da Psicogênese Mendonça aborda que:
“A
concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito
em interação com o objeto de conhecimento e demonstraram que a criança, já
antes de chegar à escola, tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito,
descrevendo os estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e
da escrita” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37).
Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky “as crianças ou os adultos analfabetos
passam por diferentes fases que vão da escrita pré-silábica, até as
etapas silábica e a alfabética”. (ALBUQUERQUE, 2007 p.16). Com base nos estudos das fases
apresentadas pelas autoras fizemos uma aula
de campo, realizada sobre a orientação da professora Maria
da Conceição Ferreira, ministrante da disciplina Metodologia
da alfabetização. A sala foi designada a fazer uma atividade com crianças da
educação infantil, sem fazer interversões, apenas iríamos ditar algumas
palavras para elas, isso para saber em que nível de aprendizagem ela estar. A
atividade foi feita com Kuan, um menino de seis anos, que se apresentou no Nível Silábico, com valor
sonoro.
No Nível silábico, com valor sonoro
a pessoa percebe que a escrita esta relacionada com os sons das palavras, na
qual sente necessidade em utilizar um tipo de grafia para cada som, isso
acontece de forma aleatória, às vezes usam apenas consoantes, outras apenas
vogais ou até mesmo mistura as vogais com as consoantes, como foi o caso do
menino Kaun. O avanço que essa fase mostra, é que estando nela as crianças começam
a relacionar a linguagem oral á linguagem escrita.
A passagem para o
nível silábico é feita com atividade de vinculação do discurso oral com texto
escrito, da palavra escrita com a palavra falada. O aprendiz descobre que a
palavra escrita representa a palavra falada, acredita que basta grafar uma
letra para poder pronunciar uma sílaba
oral, mas só entrará para o nível silábico, com correspondência sonora, a
medida que seus registros apresentarem esta relação por exemplo, para MENINO
grafar, MIO (M=me, I=ni, O=no); para gato, GO (G=ga, O=to).(MENDONÇA e MENDONÇA,
2007, p. 46).
Para compreender a fase em que
esta a criança, o professor deve saber os níveis de aprendizagem da criança,
porém, muitas então em função de educadora e não conhecem a mesma. Segundo
Mendonça,
Dificilmente, se encontram professores
que conseguem desenvolver um trabalho sistematizado. Infelizmente, a maioria
limita-se a reproduzir as estratégias de nível pré-silábico de modo aleatório,
muitas vezes entregam a atividade sem fornecer orientações sobre o que é para
ser feito (MENDONÇA; MENDONÇA p. 50).
Precisamos
conhecer as fases em que as crianças estão, essa pesquisa de campo nos
possibilitou conhecê-las, como futuros profissionais da área temos que saber em
que nível da lecto escrita esta cada aluno, para poder desenvolver o nosso
papel de educadora com qualidade.
Referencias
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA,
Olympio Correa de. Psicogênese da Língua
Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação:
formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização).
Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.
ALBUQUERQUE,
Eliana Borges Correia de. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS,
C. F.; MENDONÇA, M. (Org.). Alfabetização
e letramento: Conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.p.
11-22.
MENDONÇA, Onaide
Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização método sociolinguístico
consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire. Saõ Paulo: Cortez,
2007.
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