DISCENTE: JAMILE MENEZES
“Pretende-se neste artigo apresentar os resultados da pesquisa “Psicogênese da língua escrita”, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, em seus aspectos linguísticos, significativos à alfabetização, e demonstrar os equívocos mais comuns advindos da interpretação desvirtuada dessa teoria, bem como suas consequências” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37).
“Pretende-se neste artigo apresentar os resultados da pesquisa “Psicogênese da língua escrita”, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, em seus aspectos linguísticos, significativos à alfabetização, e demonstrar os equívocos mais comuns advindos da interpretação desvirtuada dessa teoria, bem como suas consequências” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37).
“A concepção de que a
aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o
objeto de conhecimento e demonstraram que a criança, já antes de chegar à
escola, tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo os estágios
linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita” (MENDONÇA;
MENDONÇA, 2011, p. 37).
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(...) “a aprendizagem da leitura, entendida como questionamento a respeito da natureza, função e valor deste objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do que a escola imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se propõe problemas e trata de solucioná-los, segundo sua própria metodologia” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37).
(...) “a aprendizagem da leitura, entendida como questionamento a respeito da natureza, função e valor deste objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do que a escola imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se propõe problemas e trata de solucioná-los, segundo sua própria metodologia” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 37).
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“Ferreiro e Teberosky (1986)
desenvolvem também aspectos propriamente linguísticos da Psicogênese da língua
escrita, quando descrevem o aprendiz formulando hipóteses a respeito do código,
percorrendo um caminho que pode ser representado nos níveis pré-silábico, silábico,
silábico-alfabético, alfabético. Essa construção demonstra a pesquisa, segue
uma linha regular, organizada em três grandes períodos: 1º) o da distinção
entre o modo de representação icônica (imagens) ou não icônica (letras,
números, sinais); 2º) o da construção de formas de diferenciação, controle
progressivo das variações sobre o eixo qualitativo (variedade de grafias) e o
eixo quantitativo (quantidade de grafias)” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 38).
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“A Psicogênese da língua
escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades
de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um
percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema
alfabético, ou seja, o aluno, na fase pré-silábica do caminho que percorre até
alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a palavra falada, e
desconhece como essa representação se processa. (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p.
39).
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“Diferentemente dos adultos,
as crianças parecem passar pelas fases pré-silábica e silábica, atingindo
finalmente a alfabética. Nesse nível alfabético, o aprendiz analisa na
palavra suas vogais e consoantes. Acredita que as palavras escritas devem
representar as palavras faladas, com correspondência absoluta de letras e sons.
Já estão alfabetizados, porém terão conflitos sérios, ao comparar sua escrita
alfabética e espontânea com a escrita ortográfica, em que se fala de um jeito e
se escreve de outro” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 40).
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“O referencial teórico da
Psicogênese da língua escrita leva-nos a entender que a escrita é uma
reconstrução real e inteligente, com um sistema de representação historicamente
construído pela humanidade e pela criança que se alfabetiza, embora não
reinvente as letras e os números. A criança alfabetiza a si mesma e inicia essa
aprendizagem antes mesmo de entrar na escola, e seus efeitos prolongam-se após
a ação pedagógica, período durante o qual, para conhecer a natureza da
escrita, deve participar de atividades de produção e interpretação escritas,
tendo o professor o papel de mediador entre a criança e a escrita, criando
estratégias que propiciem o contato do aprendiz com esse objeto social, para
que possa pensar e agir sobre ele”. (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 41).
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“A mediação do alfabetizador
não o desobriga de seu papel de informante sobre as convenções do código
escrito. Ele pode aproveitar o subsídio dos alfabetizados ou mesmo de alunos da
classe que estejam em níveis mais avançados de escrita e que possam ser
informantes das relações a serem descobertas pelos que se encontrem em fases de
escrita mais primitivas” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 41).
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“O equívoco que se configura
na exclusão da experiência silábica do professor parece ser fruto de algumas
orientações pedagógicas, surgidas no afã de combater as atividades mecanicistas
herdadas das cartilhas, à revelia da própria obra de Emília Ferreiro que não
oferece elementos para fundamentar tal exigência, mas sim esclarece que a
criança pensa, raciocina, inventa, buscando compreender a natureza desse
objeto cultural – a escrita – em um processo dinâmico em constante construção
de sistemas interpretativos” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 43).
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“Definir alfabetização e
letramento é de suma importância, pois são dois processos distintos e da sua
compreensão dependerão os resultados da alfabetização em sala de aula. Assim,
compreender a natureza de cada processo é essencial, pois só de posse desse
conhecimento o professor terá condições de decidir sua metodologia de ensino,
em função dos objetivos a serem alcançados” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 45).
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“Alfabetizar significa
ensinar uma técnica, a técnica do ler e escrever. Quando o aluno lê, realiza a
decodificação (decifração) de sinais gráficos, transformando grafemas em
fonemas; quando ele escreve, codifica, transformando fonemas em grafemas. Esse
é um aprendizado complexo, que exige diferentes formas de raciocínio,
envolvendo abstração e memorização. A escrita é uma convenção e, portanto,
precisa ser ensinada” (MENDONÇA; MENDONÇA, 2011, p. 46).
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“O grande equívoco que vem
ocorrendo na alfabetização, no Brasil, resulta da concepção equivocada e das
práticas adotadas e divulgadas, decorrentes da má interpretação da pesquisa de
Ferreiro e Teberosky, a Psicogênese da língua escrita (MENDONÇA; MENDONÇA,
2011, p. 47).
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“Dificilmente, se encontram professores
que conseguem desenvolver um trabalho sistematizado. Infelizmente, a maioria
limita-se a reproduzir as estratégias de nível pré-silábico de modo aleatório,
muitas vezes entregam a atividade sem fornecer orientações sobre o que é para
ser feito” (MENDONÇA; MENDONÇA p. 50).
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização). Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/40138>.
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