DISCENTE:
LUCIANA SANTOS SOARE
Fichamento
Professores Alfabetizadores:
O que Dizem E o que Fazem
Sandra Cristina Oliveira
da Silva
Sheyla Cavalcante de Arruda
Telma Ferraz Leal
As autoras discutem no
artigo, [”os resultados de uma pesquisa que analisou as relações entre os
discursos de professoras sobre suas opções metodológicas relativas ao processo
de alfabetização e as práticas de ensino. Pag. 1”]. Assim essa pesquisa buscava compreender
mais sobre os processos, e os diferentes métodos educacionais utilizado pelos
professores na alfabetização.
O desenvolvimento se deu por parte de
questionário, entrevista e observação em sala de aula direcionada aos
professores envolvidos. De acordo com o texto o resultado da entrevista aponta
variações entre as concepções dos envolvidos de acordo com os métodos e
metodologias de ensino para a alfabetização, mas que existem também semelhanças
com o processo de alfabetização por meio do letramento e não do apropriar do
sistema alfabético da escrita.
As
autoras citam Morais e Albuquerque (2005, p. 69), para explicar sobre o
letramento dizendo que [“a condição de
sujeito letrado se constrói nas experiências culturais com práticas de leitura
e escrita que os indivíduos têm oportunidade de viver, mesmo antes de começar
sua educação formal, Pag. 2”]. Assim as autoras dizem que a escola deve buscar
manter ativo o processo de letramento de forma significativa no processo de
aprendizagem da escrita alfabético.
Sabendo da importância do domínio do professor para com o
sistema da escrita na alfabetização para suas finalidades textuais e sociais,
as autoras buscaram acompanharem á prática escolar de professores para
verificarem se seus discursos realmente condizem com as suas práticas
escolares. Para melhor entendermos sobre
os processos de alfabetização as autoras falam sobre alguns métodos
educacionais, onde as mesmas dizem que, os [“métodos têm sido classificados em
três tipos: os métodos sintéticos, os métodos analíticos e os
sintético-analíticos, cada um com suas características
próprias, Pag.3” ].
Dentre as várias concepções de ensino e aprendizagem as
autoras cita Barbosa (1994, P. 47), dizendo que, [“A instrução procede do
simples para o complexo, racionalmente estabelecidos: num processo cumulativo,
a criança aprende as letras, depois as sílabas, as palavras, frases e,
finalmente, o texto completo, Estabelece- se como regra geral que a instrução
não deve avançar no processo sem que todas as dificuldades da fase precedente estejam
dominadas, Pag.4”].
As autoras citam Ferreiro e Teberosky, (1985, P.19), para
explicar sobre os métodos sintéticos, onde diz que os métodos sintéticos tem seus métodos
voltados para a repetição onde a
aprendizagem se dá de modo mecânico e as pessoas tendem a busca a memorização e
só depois propicia de uma leitura reflexiva inteligente. Falando ainda sobre os
métodos sintéticos as autoras falam sobre os métodos fônicos citando Roazzi,
Ferraz e Carvalho, (1996, P.3), assim os métodos fônicos como o nome já diz na
alfabetização se dá por via com sons e conhecimento das letras.
[“Como já foi dito, os métodos sintéticos seguem uma
sequência delimitada por etapas fixas em que o trabalho com as unidades menores
da língua (letras, fonemas, sílabas, palavras) precede as situações de reflexão
acerca das unidades maiores (texto), Pag. 4”].
Quanto ao método
analítico segundo as autoras é um método que tem muitos defensores por
trabalharem com as crianças unidades maiores e apresentavam significados para
os mesmos, seus métodos estavam sendo descobertos no final do século XX. [“No
entanto, também é mecânico e monótono, pois se fundamentam, sobretudo, em
atividades de memorização de palavras ou pequenos textos”. Decroly e Degand
(1906) citam as abordagens ideovisuais. “Ou seja, o processo de aquisição de
leitura e escrita é primeiramente visual, partindo do concreto (frases) para o
abstrato (letras e sílabas) Pag. 5”].
Para as autoras de acordo com Mortati (2006), [“Foi através
dos estudos sobre a psicogênese da língua escrita, realizados por Emília Ferreiro
e seus colaboradores, que o pensamento construtivista mudou as visões a
respeito do processo de apropriação alfabética”]. Assim as autoras cita Mortati (2006),
apontando que o construtivismo se apresenta como uma mudança nos modelos
educacional, pois ele rompe com os modelos tradicionais de ensino, apontando
que a uma necessidade de mudanças na alfabetização e questionar se sobre o uso
das cartilhas.
Trazendo Ferreiro (1992), as autoras dizem que “a escrita
pode ser vista de duas maneiras: “como uma representação da linguagem ou como
um código de transcrição de unidades sonoras”. Assim as autoras, explica
dizendo que Ferreiro acredita que a
criança em se possui um sistema de representação e não apenas um sistema de
código e para que se possa saber em qual estagio de aprendizado ela está é preciso
observar sua escrita. De acordo com
as autoras, [“Nesta perspectiva, as
crianças podem, desde muito cedo, refletir sobre a “lógica” que regula a
escrita alfabética, ou seja, os princípios de funcionamento do sistema, Pag.7”].
Desta forma percebe se que a escrita é tão importante quanto à
leitura, pois ambas devem ser trabalhadas como práticas sociais, pois quando
essas práticas não processadas de forma integrada com a vida ocorrem uma
negação na alfabetização. “Assim,
as professoras escolhidas tinham as seguintes características:”
[“Professora
1: disse que adotava a perspectiva do letramento e educação, como o
analfabetismo funcional.
quando
questionada sobre como alfabetizava seus alunos, só listou atividades de
leitura e escrita de textos. • Professora
2: afirmou que o melhor era o construtivismo e que ela o adotava. Citou
atividades com textos e com unidades linguísticas menores (palavras e letras),
mas com pouca diversidade. • Professora
3: disse que os métodos tradicionais eram os melhores, mas utilizava um pouco
de cada; indicou atividades variadas. • Professora
4: afirmou que o melhor método era o socioconstrutivismo, mas adotava um pouco
de cada; listou atividades com textos e com palavras, evidenciando uma prática
diversificada, Pag11”].
De acordo com as autoras é possível perceber que o trabalho de
pesquisa realizado com os professores envolvidos em relação aos métodos de
alfabetação em sala de aula, mostrou que os professores possuem sim uma prática
que condiz com suas teorias, apesarem de terem pouco conhecimento sobre alguns
métodos educacionais, quando, por exemplo, tinham abordagem como método. Segundo as autoras, [“as docentes
identificavam tais abordagens como métodos por conceberem que há determinados
princípios didáticos articulados aos pressupostos do construtivismo e às
orientações dadas por autores que discutem sobre o letramento. Pag.13”].
De acordo com o texto, os professores
envolvidos apesarem de terem preferências
por alguns métodos a ser trabalhados na alfabetização utilizavam outros métodos
também e tinha outros professores que tinha preferência por métodos
específicos. A professora 3, na entrevista, dizia que “(...) eu trabalho textos
diversificados, trabalho os fonemas, padrões silábicos, o alfabeto que é
indispensável para que o aluno aprender a ler e a escrever Pag,19.
É importante salientar que hoje na diversidade social
presente na escola como sociedade, os professores não devem descartar qualquer
método ou proposta de ensino á medida que as mesmas possuem uma prática ligada
às relações sociais e que de fato propõe um revigoramento no ensino. Pois segundo as autoras [“Entender os princípios do sistema de
escrita alfabética não é tarefa fácil para o aluno, assim como alfabetizar não
é uma tarefa fácil para o professor. Por outro lado, aprender a ler e produzir
textos não é fácil, como também não é fácil ensinar a ler e produzir textos,
Pag.23”].
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