sexta-feira, 15 de abril de 2016

Professores Alfabetizadores: O que Dizem E o que Fazem?


DISCENTE: LUCIANA SANTOS SOARE
       


Fichamento

Professores Alfabetizadores: O que Dizem E o que Fazem

Sandra Cristina Oliveira da Silva
 Sheyla Cavalcante de Arruda
Telma Ferraz Leal

            As autoras discutem no artigo, [”os resultados de uma pesquisa que analisou as relações entre os discursos de professoras sobre suas opções metodológicas relativas ao processo de alfabetização e as práticas de ensino. Pag. 1”].  Assim essa pesquisa buscava  compreender mais sobre os processos, e os diferentes métodos educacionais utilizado pelos professores na alfabetização.   
 O desenvolvimento se deu por parte de questionário, entrevista e observação em sala de aula direcionada aos professores envolvidos. De acordo com o texto o resultado da entrevista aponta variações entre as concepções dos envolvidos de acordo com os métodos e metodologias de ensino para a alfabetização, mas que existem também semelhanças com o processo de alfabetização por meio do letramento e não do apropriar do sistema alfabético da escrita.

            As autoras citam Morais e Albuquerque (2005, p. 69), para explicar sobre o letramento dizendo que  [“a condição de sujeito letrado se constrói nas experiências culturais com práticas de leitura e escrita que os indivíduos têm oportunidade de viver, mesmo antes de começar sua educação formal, Pag. 2”]. Assim as autoras dizem que a escola deve buscar manter ativo o processo de letramento de forma significativa no processo de aprendizagem da escrita alfabético.
Sabendo da importância do domínio do professor para com o sistema da escrita na alfabetização para suas finalidades textuais e sociais, as autoras buscaram acompanharem á prática escolar de professores para verificarem se seus discursos realmente condizem com as suas práticas escolares.  Para melhor entendermos sobre os processos de alfabetização as autoras falam sobre alguns métodos educacionais, onde as mesmas dizem que, os [“métodos têm sido classificados em três tipos: os métodos sintéticos, os métodos analíticos e os sintético-analíticos, cada um com suas características próprias, Pag.3” ].
Dentre as várias concepções de ensino e aprendizagem as autoras cita Barbosa (1994, P. 47), dizendo que, [“A instrução procede do simples para o complexo, racionalmente estabelecidos: num processo cumulativo, a criança aprende as letras, depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, o texto completo, Estabelece- se como regra geral que a instrução não deve avançar no processo sem que todas as dificuldades da fase precedente estejam dominadas, Pag.4”].
As autoras citam Ferreiro e Teberosky, (1985, P.19), para explicar sobre os métodos sintéticos, onde diz que  os métodos sintéticos tem seus métodos voltados para a repetição  onde a aprendizagem se dá de modo mecânico e as pessoas tendem a busca a memorização e só depois propicia de uma leitura reflexiva inteligente. Falando ainda sobre os métodos sintéticos as autoras falam sobre os métodos fônicos citando Roazzi, Ferraz e Carvalho, (1996, P.3), assim os métodos fônicos como o nome já diz na alfabetização se dá por via com sons e conhecimento das letras.
[“Como já foi dito, os métodos sintéticos seguem uma sequência delimitada por etapas fixas em que o trabalho com as unidades menores da língua (letras, fonemas, sílabas, palavras) precede as situações de reflexão acerca das unidades maiores (texto), Pag. 4”].
 Quanto ao método analítico segundo as autoras é um método que tem muitos defensores por trabalharem com as crianças unidades maiores e apresentavam significados para os mesmos, seus métodos estavam sendo descobertos no final do século XX. [“No entanto, também é mecânico e monótono, pois se fundamentam, sobretudo, em atividades de memorização de palavras ou pequenos textos”. Decroly e Degand (1906) citam as abordagens ideovisuais. “Ou seja, o processo de aquisição de leitura e escrita é primeiramente visual, partindo do concreto (frases) para o abstrato (letras e sílabas) Pag. 5”].
Para as autoras de acordo com Mortati (2006), [“Foi através dos estudos sobre a psicogênese da língua escrita, realizados por Emília Ferreiro e seus colaboradores, que o pensamento construtivista mudou as visões a respeito do processo de apropriação alfabética”].  Assim as autoras cita Mortati (2006), apontando que o construtivismo se apresenta como uma mudança nos modelos educacional, pois ele rompe com os modelos tradicionais de ensino, apontando que a uma necessidade de mudanças na alfabetização e questionar se sobre o uso das cartilhas. 
Trazendo Ferreiro (1992), as autoras dizem que “a escrita pode ser vista de duas maneiras: “como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição de unidades sonoras”. Assim as autoras, explica dizendo que  Ferreiro acredita que a criança em se possui um sistema de representação e não apenas um sistema de código e para que se possa saber em qual estagio de aprendizado ela está  é preciso  observar sua escrita.  De acordo com as autoras,  [“Nesta perspectiva, as crianças podem, desde muito cedo, refletir sobre a “lógica” que regula a escrita alfabética, ou seja, os princípios de funcionamento do sistema, Pag.7”].
Desta forma percebe se que a escrita é tão importante quanto à leitura, pois ambas devem ser trabalhadas como práticas sociais, pois quando essas práticas não processadas de forma integrada com a vida ocorrem uma negação na alfabetização. “Assim, as professoras escolhidas tinham as seguintes características:”
[“Professora 1: disse que adotava a perspectiva do letramento e educação, como o analfabetismo funcional.
quando questionada sobre como alfabetizava seus alunos, só listou atividades de leitura e escrita de textos. •            Professora 2: afirmou que o melhor era o construtivismo e que ela o adotava. Citou atividades com textos e com unidades linguísticas menores (palavras e letras), mas com pouca diversidade. •       Professora 3: disse que os métodos tradicionais eram os melhores, mas utilizava um pouco de cada; indicou atividades variadas. • Professora 4: afirmou que o melhor método era o socioconstrutivismo, mas adotava um pouco de cada; listou atividades com textos e com palavras, evidenciando uma prática diversificada, Pag11”].
De acordo com as autoras é possível perceber que o trabalho de pesquisa realizado com os professores envolvidos em relação aos métodos de alfabetação em sala de aula, mostrou que os professores possuem sim uma prática que condiz com suas teorias, apesarem de terem pouco conhecimento sobre alguns métodos educacionais, quando, por exemplo, tinham abordagem como método.  Segundo as autoras, [“as docentes identificavam tais abordagens como métodos por conceberem que há determinados princípios didáticos articulados aos pressupostos do construtivismo e às orientações dadas por autores que discutem sobre o letramento.  Pag.13”].
  De acordo com o texto, os professores envolvidos apesarem de terem  preferências por alguns métodos a ser trabalhados na alfabetização utilizavam outros métodos também e tinha outros professores que tinha preferência por métodos específicos. A professora 3, na entrevista, dizia que “(...) eu trabalho textos diversificados, trabalho os fonemas, padrões silábicos, o alfabeto que é indispensável para que o aluno aprender a ler e a escrever Pag,19.

É importante salientar que hoje na diversidade social presente na escola como sociedade, os professores não devem descartar qualquer método ou proposta de ensino á medida que as mesmas possuem uma prática ligada às relações sociais e que de fato propõe um revigoramento no ensino.  Pois segundo as autoras    [“Entender os princípios do sistema de escrita alfabética não é tarefa fácil para o aluno, assim como alfabetizar não é uma tarefa fácil para o professor. Por outro lado, aprender a ler e produzir textos não é fácil, como também não é fácil ensinar a ler e produzir textos, Pag.23”]. 

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